Sendo Torres Vedras a 40 minutos de Lisboa, as nossas fontes puderam concluir que existem muitos ISCSPianos a fazer planos para “O Mais Português de Portugal”. Outros ainda não sabem bem, mas de certeza que vão lá parar (por falta de plano melhor, convenhamos). Como não queremos que nada te falte, deixamos-te os conselhos de uma torriense.

1- Rede Expressos, Flixbus ou Barraqueiro?
A esta altura do campeonato, já não há quase nenhum lugar disponível na Rede Expressos ou no Flixbus. Os autocarros da Barraqueiro partem do Campo Grande: quando se sai do metro, segue-se para o lado da rodoviária onde fica o Estádio do Sporting. É a paragem 25 (os números estão nas estruturas brancas).
Embora um bocado caro (cerca de 14 euros ida e volta), a Barraqueiro aumenta a oferta na altura do Carnaval: o primeiro autocarro da manhã é às 5h30.
Podes consultar os horários aqui.
2 – Dinheiro físico sempre
Os bilhetes para o autocarro da Barraqueiro compram-se dentro do autocarro. Problema: não tem multibanco. Por isso, é meter uma notinha dentro do bolso (ou dentro do sutiã da matrafona…). Além disso, nunca se sabe se as barraquinhas de comida, bebida e afins têm sequer uma máquina disponível. Não te esqueças que vais para o oeste… O melhor é levantar logo no metro do Campo Grande: com tanta gente esquecida com tu, quando ainda estás a pensar onde levantar dinheiro, o multibanco da rodoviária de Torres Vedras já está liso…
3- O melhor dia e o melhor spot
O Carnaval por estas bandas acontece de sexta-feira a quarta-feira (que é o enterro, não conta). A escolha do dia depende muito do tipo de pessoa que és (e do budget).
Se queres poupar o máximo possível, vem já hoje (sexta-feira). Embora hoje seja a parte mais tradicional, não se paga entrada e há festa nas três praças logo a seguir. Se és novato nestas andanças, porque não?
No entanto, os festejos oficiais acontecem nas noites de sábado e segunda (para além das tardes, mas noite é melhor). A entrada custa oito euros mas é desta forma que podes ter acesso à experiência completa. Se fores mais do que um dia, opta por um livre-trânsito (16 euros). No sábado, há grupos de mascarados, carros cheios de matrafonas, o Toc’Andar (uma espécie de trio elétrico para a malta ir atrás). Já na segunda-feira é tudo ao molho e fé em deus: o folião mistura-se no meio do cortejo e os grupos de carnaval já não desfilam.
Além disso ainda existem três praças com DJ: a Super Bock (vulgo praça da cebola), o caos, mas a mais genuína; a do Mercado Municipal (a Paladin), sempre gratuita, com uma bifana divinal; e a Praça Dr. Alberto Avelino, a mais longe, mas a mais perto do spot perfeito para o after (já lá vamos).
Se a festa estiver tão boa tão boa que já estás a ver o sol nascer, vai ao Mercado Municipal. É lá que se encontra a Sandes do Cozido, esse milagre em forma de pão que pode ajudar na recuperação dos estragos feitos, se é que nos entendes…
A terça e o domingo são as tardes, pagas, no entanto, ao domingo, a festa continua noite fora com as três praças abertas e grátis!
O programa completo está aqui. Deixamos ainda um mapa para não te perderes:
4- Caravela é paragem obrigatória
Faz o favor de passar pela Caravela e degustar o CUP, a bebida oficial do Carnaval de Torres Vedras. É uma espécie de sangria branca. Se até os senhores velhinhos simpáticos vão, tu também podes ir.
5- Túnel não vale a pena
Ok, isto é muito muito pessoal, mas Túnel, na modesta opinião de quem escreve, não vale a pena. Para além de já terem esgotado as pulseiras, não cabe lá uma agulha. As entradas à porta não compensam, dado o dinheiro que já se gastou na jornada (fica por volta dos 25 euros). A rave oficial no centro termina às 4h. Se queres fazer tempo até à hora do autocarro, que tal um Bang Venue? Como já disse, fica na Praça Dr. Alberto Avelino. Aqui não pagas entrada!
Se ainda assim quiseres ir dar um saltinho (ou vários) à Catedral, fica a saber que há autocarros gratuitos do centro para lá. Fun fact: só fecha quando o último doido sair de lá (pode ser às 10h da manhã ou às 3h da tarde).
Bom Carnaval!
Este artigo é da pura responsabilidade da autora, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.
Escrito por: Marta Ricardo
Editado por: Pedro Cruz


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