Chegou hoje aos cinemas a tão esperada introdução oficial dos mutantes do falecido “Universo Fox” ao “Universo Cinematográfico da Marvel”. O longa que conta com um extenso número de participações especiais, sucede em contar uma história de superação e aceitação dos personagens titulares, mas é claro, com muito humor pesado e violência.
Desde a aquisição da 21st Century Fox por parte da Disney, apesar do alivio entre os fãs de, finalmente, um dos maiores grupos de super-heróis poderem se juntar ao elenco da mega saga fílmica que a Marvel vem construíndo nos últimos 16 anos, surgiu também o receio de que personagens como Deadpool e Wolverine não teriam mais espaço por serem violentos, enquanto o UCM (Universo Cinematográfico Marvel) até então, sempre mantinha a faixa etária de seus filmes baixa para que o seu público principal pudesse assistir à vontade.
E essa é justamente a primeira questão a ser tratada no longa-metragem que começa já com uma cena violenta e sangrenta, também com o tradicional humor ácido de um dos personagens titulares, já cimentando que os fãs realmente não têm nada com que se preocupar: Esse vai ser um filme do Deadpool, assim como vimos nos outros dois produzidos pela Fox.
Grande parte do elenco de Deadpool 2 reprisam seus papéis entre eles: Ryan Reynolds (Deadpool/Wade Wilson), Morena Baccarin (Vanessa Carlysle) e Rob Delaney (Peter). Assim como há novas adições como: Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Emma Corrin (Cassandra), Matthew Macfadyen e Peggy (Dogpool).

Seguindo a estrutura de três atos a risca, o longa atualiza sobre o que Wade aprontava nos últimos tempos e como a missão dele o levou a cruzar o caminho com o Wolverine. A dupla possui uma sinergia excelente em tela, com o contraste entre o provocativo Mercenário Tagarela e o irascível Carcaju gerando diversos conflitos que resultam em situações cômicas. A atuação de ambos atores não deixa a desejar com um destaque a Jackman que entregou uma carga emocional incrível com seu personagem conturbado. O filme por si só também possui uma carga drámatica maior com o perigo a mão sendo tão sério a ponto de haver cortes intensos entre os risos e lembrar do que está em risco.
Com cenas de ação em espaço fechado a planos amplos, de cortes para evitar mostrar decapitações a uma sequência sem nenhum corte à la John Wick, o filme tem de tudo e mais um pouco, inclusive câmera lenta. Os efeitos audiovisuais e especiais são bem feitos com um destaque especial para o “comichão cerebral” de Cassandra. Assim como os figurinos, que provavelmente agradará muitos fãs dos quadrinhos devido a fidelidade com o material fonte.
Apesar das partipações especiais que preenchem mais de duas mãos que empolgará de certo os fãs dos mutantes, o filme conta uma história simples e com uma mensagem bonita. Não é de forma alguma inovador mas traz o essencial e o básico de forma bem feita e recebe o “Universo Fox” para o “UCM”.
Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.
Escrito por: Henrique Barbosa de Carvalho.
Editado por: Marta Ricardo.


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