Na passada segunda-feira, o World Press Photo, anunciou a fotografia vencedora, entre as 80.408 submetidas a concurso, da 60ª edição do mais conceituado prémio de fotojornalismo a nível mundial.
Burhan Ozbilici da Associated Press, foi o grande vencedor da World Press Photo of The Year ao registar o momento subsequente ao assassinato de Andrei Karlov, na Turquia.
O atentado aconteceu numa galeria em Ancara, no dia 20 de dezembro. Mevlüt Mert Altintas, o atirador, alegava estar a vingar as atrocidades cometidas em Aleppo.
Burhan Ozbilici, já retratou diversos temas de relevância social, como é o caso do êxodo dos curdos do Iraque depois da morte de milhares de pessoas devido a um ataque ordenado por Saddam Hussein.
Stuart Fraklin, presidente do júri, afirmou ontem, dia 13, ao jornal britânico The Guardian, que votou contra a eleição da imagem vencedora, por esta promover a “ligação entre martirio e publicidade”: “é a fotografia de um homicídio, o assassino e a vítima, ambos na mesma imagem. É tão problemática de publicar como uma decapitação terrorista”.
No ano passado, o prémio de melhor fotografia foi atribuído a uma imagem que mostrava o drama dos refugiados, da autoria de Warren Richardson, retratando um homem que entregava um bebé a outra pessoa por entre uma barreira de arame farpado entre a Hungria e a Sérvia.
A primeira edição data de 1955 e contou apenas com 300 imagens de 42 fotógrafos procedentes de 11 países diferentes. Esta edição do World Press Photo teve a participação de 5.034 fotógrafos de 125 países.
Escrito por: Daniela Belchior Costa
Editado por: Rita Rogado


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