Foi no passado dia 26 de setembro que decorreu, no Jardim Municipal de Oeiras, a primeira edição do festival Lusofolia.

Esta iniciativa da atriz, cantora e coreógrafa brasileira, Valéria Carvalho, foi mais do que um evento de entretenimento. Foi um reencontro de culturas que já são amigas de longa data e se completam umas às outras como peças de um puzzle.

O festival teve a sua abertura às 16h, com um minuto de silêncio por Dinis, o pianista que iria tocar no festival, e que tinha falecido uns dias antes. Seguiu-se a folia que tanto se esperava, proporcionada tanto pelo público como pelas dezenas de artistas convidados.

Para além dos artistas mais populares no mundo da música e da dança, como Selma Uamusse, Rui Veloso e Valete, este festival também abriu portas e impulsionou artistas menos conhecidos para o público, como integrantes do projeto social Bairro Encena e outros jovens portugueses, brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, santomenses, angolanos e moçambicanos, tendo ainda delegado a muitos outros jovens, funções na produção e organização do festival.

Enquanto no palco atuavam artistas de estilos tão diversos, como funaná, rock e hiphop, no restante espaço do recinto pudemos encontrar algumas bancas com trabalhos artesanais, que iam desde velas decorativas a pequenas esculturas do quotidiano, como nos mostrou a iniciativa cabo-verdiana Arteempalha.

E para quem quisesse comer e beber, havia ainda uma secção de roulotes exclusivamente à base de gastronomia lusófona, onde não faltavam bifanas, pastéis de carne, e caldo de cana.

Agora, passada esta primeira edição, esperamos ser ainda mais surpreendidos pela próxima, porque como disse Valete na entrevista ao Jornal desacordo, “Portugal não é só dos portugueses” e a lusofonia precisa de ser celebrada e vivida.

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.

Fonte da imagem de capa: Oeiras.pt

Escrito por: Alexandre Prazeres

Editado por: Rodrigo Caeiro