O interior de Portugal é feito de aldeias onde cada rua, cada casa e cada campo guardam histórias de gerações. Mas hoje, muitas dessas aldeias vivem em silêncio: escolas fechadas, serviços escassos e jovens que partem em busca de oportunidades que não encontram em casa.
Não é apenas uma questão de estatísticas; são vidas que se perdem e memórias que se apagam. Nem o PS nem a AD conseguiram, até hoje, travar esta desertificação. Décadas de políticas centralizadoras e de dependência de subsídios não deram respostas concretas a quem quer viver e trabalhar no interior. Cada porta fechada, cada comércio que desaparece, é um lembrete de que algo falhou.
O interior não precisa de caridade: precisa de liberdade para criar, empreender e prosperar.
Cada terra tem pessoas com talento, ideias e vontade de transformar o que têm em algo maior. Com menos burocracia, melhores infraestruturas, acesso à internet e educação de qualidade, estas comunidades podem gerar emprego, atrair jovens e florescer sem depender de decisões tomadas à distância.
O futuro do interior depende de autonomia. É confiar que quem vive nestes territórios sabe o que precisa e tem capacidade para transformar desafios em oportunidades. Portugal não pode continuar a perder o seu coração rural. Preservar o interior é dar-lhe espaço para crescer com liberdade, iniciativa e coragem. E são exatamente essas coisas que podem devolver vida às nossas aldeias.
Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.
Fonte da imagem de capa: Aldeia de Monsanto – Visit Center of Portugal
Escrito por: Rafael Pereira
Editado por: Maria Francisca Salgueiro


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