O Meu Percurso Começou Aqui.

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O meu percurso começou aqui! Acredito que o Jornal desacordo deve ser o espaço primordial para que os ISCSPianos possam ter contacto com a escrita em formato de artigos, com personalidades de destaque e eventos que abram portas aos alunos da nossa faculdade para fazer contactos e evoluir pessoal e profissionalmente. É com isto em mente que a nova direção se apresenta perante todos vocês. Com um compromisso claro perante a tradição do Jornal e o futuro dos seus redatores, num ambiente que promova a participação na vida académica. 

O meu nome é José Pereira. Assumi o desafio de coordenar os destinos do nosso Jornal aceitando o cargo de Diretor. Sou estudante de 3º ano de Ciências da Comunicação. Graças ao desacordo, tive a oportunidade de ser agraciado com diversas oportunidades profissionais. A Rádio Renascença é um exemplo de uma casa que constituiu parte do meu percurso, onde tive a oportunidade de ser jornalista estagiário. A minha experiência como redator e editor foi determinante para a minha aceitação e destaque perante outros candidatos. 

Lembro-me do meu primeiro artigo como se fosse ontem. Foi um ato genuíno e proativo que floresceu, exclusivamente, da vontade de escrever. Pouco tempo antes de me juntar ao Jornal, tinha assistido ao concerto de apresentação de um disco de um dos meus artistas favoritos, Salvador Sobral. O “TIMBRE” foi apresentado no Chiado por essa altura. Vi ali uma oportunidade magnífica para dar vida ao meu primeiro artigo. 

Não me fiquei por aí. Poucos meses depois, por cortesia de trabalhos académicos e alguma ajuda de docentes, consegui contactos dos responsáveis pela assessoria mediática do Festival da Canção. Confesso que é um programa que acompanho muito, pelo que fiquei extremamente entusiasmado perante a perspetiva de estar no terreno e fazer a cobertura. Assim foi. No Festival de 2024, conheci a Iolanda logo no dia da apresentação das canções. Nesse momento, estabelecemos um acordo – caso ela ganhasse o Festival teria de ir cantar ao ISCSP, onde já foi aluna de Ciências da Comunicação. Infelizmente, e apesar do interesse expresso pela cantora portuguesa, o convite não foi ainda feito pelas estruturas responsáveis de modo a concretizar a promessa feita em janeiro. Os meses seguintes, das semifinais e final, foram bastante intensos para um redator no seu primeiro ano, mas a experiência e competências que ganhei não têm preço. 

Pelo meu papel na dinamização do desacordo através da cobertura acontecimentos, fui convidado pela Marta Ricardo, a anterior Diretora do desacordo, para integrar a equipa de edição. As responsabilidades dentro do Jornal mudaram. Estava mais próximo dos centros de decisão sobre a vida e rumo do Jornal. Pude ter contacto com os problemas diários deste espaço que se destaca pela sua independência. De igual modo, experienciei a paixão inabalável dos nossos redatores, sempre com novos projetos, sempre de sorriso armado, sempre com vontade genuína e sincera para contribuir para este projeto – acho que estes elementos são raros hoje em dia, pelo que o desacordo se tornou o meu porto seguro. 

O planeamento do novo mandato tem de ser rápido. Ainda há muito a definir, mas conto com uma direção absolutamente excecional para enfrentar esse aspeto. Sou grato por poder trabalhar com a nossa Secretária – Adriana Alvim, o nosso gestor de website e redes sociais – Flávio Sousa, e com os 7 editores – Cristina Barradas, Maria Francisca Salgueiro, Íngride Paloma, Leonor Oliveira, Margarida Simões, Rita Luís e Rodrigo Caeiro. Tenho a certeza que faremos um grande trabalho juntos, lado a lado e em equipa. 

Vamos endereçar o problema que respeita à queda de visualizações do website do desacordo. Os artigos são a força motriz da nossa identidade. Não queremos perdê-la. Adicionalmente, a marca desacordo deverá passar por um processo de profissionalização, com a elaboração de um manual de identidade e restantes considerações sobre a marca. Em causa, garantir que as gerações vindouras têm condições de continuar o trabalho feito desde 2012 para estabelecer o desacordo como um Jornal universitário de excelência em toda a linha. Por fim, acreditamos ser pela via da cooperação que conseguiremos ser mais fortes e estar mais integrados academicamente. Com esta nota, pretendemos estabelecer uma rede de parcerias estratégicas com mais jornais universitários nacionais, de modo a obter ganhos de escala em termos de oportunidades sociais e profissionais. 

Admito – tenho receio de assumir este cargo. De não corresponder às expectativas perante quem assumo responsabilidades. Acho que qualquer pessoa sensata o deve sentir. O projeto do Jornal desacordo é maior do que qualquer um de nós. Somos, na nossa individualidade, peças de uma máquina coesa e com a história de sucesso e superação que é o nosso Jornal. As paredes das nossas redações já viram a mais brilhante luz de agosto e já choraram perante os clamores de inverno. Continuaram firmes. Com o tempo, resistiram e reforçaram o seu ar sóbrio. Essas paredes não residem num local que não seja aquilo de que somos todos feitos, como coadjuvantes da construção de algo maior. 

Concluo como comecei. Com um compromisso perante todos os leitores e equipa do desacordo. São maiores do que qualquer cargo poderá ser. São quem permite que continuemos a existir e a acender a chama nos olhos de jovens estudantes. O desacordo não diz apenas respeito a escrever artigos ou poemas. É um espaço de autodescoberta e uma oportunidade de ter uma voz e lutar pelos nossos objetivos. Sempre em equipa. Sempre juntos. Lado a lado. 

O meu percurso começou aqui! Deixa que o teu também comece. 

José Pereira | O Diretor do Jornal desacordo

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