The King of Kings- A Story Told by Charles Dickens: o filme desta Páscoa

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O filme de animação bíblico “The King of Kings/Rei dos Reis” foi um recorde de bilheteira nesta Páscoa. A grande produção da Angel Studios estreou a 10 de abril nos cinemas nacionais, e é um filme para toda a família.

Esta obra cinematográfica, de Seong-ho Jang, foi baseada no clássico infantil “A Vida do Nosso Senhor” de Charles Dickens, sendo o próprio escritor a personagem que conduz toda a narração.

A história começa no teatro de Dickens, onde o monólogo da sua peça “Um Conto de Natal”, é interrompido pelas peripécias dos seus três filhos e da sua gata de estimação, Willa. Dickens vê a sua encenação completamente arruinada pelo filho mais novo, Walter, que, para além de traquina, desafia todas as ordens do pai.

A fim de melhorar a relação entre pai e filho, a mulher de Dickens, Catherine, incentiva o marido a contar ao pequeno Walter uma história verdadeira que lhe transmitisse valores como o perdão, o respeito e a compreensão.

O escritor, dando ouvidos à esposa, conta ao seu pequenote a história do Rei dos Reis, que é nada mais, nada menos, que a história da vida de Jesus Cristo.

E é assim que começa a verdadeira aventura para toda a família, uma representação bíblica que vem relembrar o verdadeiro sentido da Páscoa para os cristãos.

Charles narra diversos episódios bíblicos marcantes do Novo Testamento, fazendo referência em algumas partes ao Antigo Testamento. Walter fica fascinado a ouvir o pai, vivendo com intensidade os acontecimentos da vida de Jesus. Assim, a partir da viagem de Jesus, a relação entre pai e filho se aprofunda, criando-se um vínculo de amor.

Na minha opinião, a animação está realmente bem montada e de acordo com os bíblicos representados no filme. Antes de ter assistido, esta obra questionava-me de que forma os produtores iriam representar as passagens da Paixão de Cristo, que são de uma crueldade profunda e de grande sofrimento, de modo a que pudessem ser vistas pelos espectadores mais novos mas sem fugir à veracidade dos acontecimentos. Contudo, as minhas dúvidas foram dissipadas, porque as cenas foram muito bem conseguidas. Até, mesmo os casos de possessão falados na Bíblia, são retratados com muito cuidado, para manterem a fieldade à história, e não escandalizar os mais pequenos.

Também é de salientar que a envolvência da personagem de Walter, ao longo da narração feita pelo pai, dá ao público a sensação de que também é uma personagem participante na narrativa, o que cativa e prende a atenção do espectador, que apenas repara que está numa sala de cinema quando chega ao intervalo.

Se ainda não teve o prazer de ir ver esta animação cristã de 100 minutos, então apresse-se e assista-a com toda a família neste período Pascal. Nada tema caro leitor, a Páscoa para os cristãos não acaba no Domingo de Páscoa, mas sim no Domingo de Pentecostes, dia 8 de junho, por isso ainda vai a tempo e a horas de ir assistir esta magnífica longa-metragem.

Bom filme, e uma Santa Páscoa!

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade da autora, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: Maria Cavaco

Editado por: Matilde Bruno

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