No passado dia 22 de fevereiro deu-se a primeira semifinal do Festival da Canção 2025. Foram 10 os concorrentes a atuar, mas apenas 6 passaram à próxima etapa, precisamente: Jéssica Pina, JOSH, Marco Rodrigues, Bluay, Margarida Campelo e Peculiar.

O Jornal desacordo esteve presente na conferência de imprensa com a totalidade dos concorrentes da primeira semifinal do Festival, na qual pôde realizar breves questões aos artistas. Consta ainda clarificar que as presentes questões foram colocadas antes de os artistas saberem se passariam, ou não, à próxima fase.
Questão colocada a Xico Gaiato
Para além do simbolismo que tem estares descalço em palco, que significado tem a roupa que estás a utilizar durante a atuação? Está ligado à tua terra?
É mais geral, a roupa não está tão ligada à minha terra. É ligada à terra, ao planeta onde estamos a viver. Onde são produzidas mais do que não sei quantas roupas e nós já temos roupas produzidas para daqui a não sei quantas gerações. Nós não precisamos de produzir mais roupa, na verdade. Nós podemos parar as máquinas e temos roupa para os nossos filhos, netos, bisnetos, temos roupa que dói. Eu conheci a Ana Baleia, que foi a artista que fez a minha roupa, ela é uma artista plástica que só trabalha com tecidos e farrapos que já não têm utilidade nenhuma. Ela tem esta maneira de trabalhar com os tecidos, de fazer objetos únicos, de fazer figurinos para peças de teatro, para artistas. Para mim era importante ser sustentável de certa maneira, porque se eu estou a falar da terra, da minha terra, da nossa Terra, de certa maneira, não fazia sentido estar a levar uma roupa nova, uma roupa que acabou de sair da fábrica e lá está, a roupa tem vários tecidos, representa as várias vidas, as várias pessoas e todo um coletivo, que somos todos nós que estamos aqui a viver. Acho que a roupa tem todo esse sentido da performance e claramente que fala da terra. Não da Beira Interior, mas sobre o planeta em si, fala sobre a natureza.
Questão colocada a Xico Gaiato, Rita Sampaio e Du Nothin
Qual é que é a primeira coisa que vos passa pela cabeça quando saem do palco?
Rita: sei lá, está feito (risos na sala). Está feito, já posso descomprimir um bocadinho e relaxar um bocadinho mais, é isso.
Du: Para mim é virar-me para o Gaiato e perguntar, foi bom? (risos na sala).
Xico: Eu penso muito no que fiz, então saio e nem consigo falar muito bem, porque estou a rever o que fiz. Às vezes sou um bocado perfecionista, então começo ali a tentar perceber o que é que dá para melhorar ou não. Pronto, penso demasiado no que faço.
Questão colocada à Capital da Bulgária:
Fazendo uma alusão à tua música, dá-nos 3 motivos para viver contigo.
Essa é boa, porque acho que sou uma excelente companheira de casa. Sou muito arrumadinha, um bocado obsessivo, mas pronto, ao menos sei que se for à cozinha não vai estar a loiça toda suja. Segundo, este é negativo, pode ser negativo?
Pode ser negativo! (risos na sala).
Faço barulho, porque faço música, mas pode ser bom, é música. Terceiro ponto, eu acho que a minha casa vai cheirar bem.
Questão colocada a Bluay, Jéssica Pina e Peculiar
O que é que vos passa pela cabeça assim que acabam de atuar, assim que saem do palco?
Bluay: A mim passa sempre, porra correu mal (risos na sala), mas pelo facto de ser perfecionista, nunca corre como eu quero.
Jéssica: É geral, é geral. Se estiverem no backstage de um concerto, quando se acaba é sempre: eia como é que eu falhei isto… e aquilo que fiz…Temos sempre a tendência de ir ver os erros, mas isso é sinal de que gostamos mesmo de fazer o nosso melhor sempre, mas ainda não aconteceu, não é? Já houve ensaios em que chega àquela parte em que eu me sento, respiro fundo e penso, ok missão cumprida.
Bluay: O meu sai sempre melhor nos ensaios, sai sempre melhor nos ensaios. Em casa sai maravilhoso!
Jéssica: Mas é um alívio sempre.
Têm de instalar escutas (risos na sala).
Peculiar: No meu caso, lembro-me sempre de uma coisa que o meu pai me diz, que é: mete as costas direitas. Ainda por cima termino numa pose grandiosa e tenho de estar sempre assim (prossegue a endireitar as costas), para ver se a minha postura está correta, mas também concordo com ele (com o Bluay), há sempre aquele pormenor que nunca foi bem ou certo, há sempre qualquer coisa.
Escrito por: Sofia Isidoro
Editado por: Catarina Soares


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