Todos sabemos que é pelo início que se começa e que todos os anos olhamos para as fotos de janeiro/fevereiro a pensar barbaridades ou maravilhas de como a vida mudou, até dezembro. Este artigo é para quem quer pensar maravilhas de 2025 e já se deixou de tretas.

Já sei. Já sei que muitos de vós abriram este artigo a pensar: “pronto, mais uma, mais uma destas lamechices de começar uma vida nova em janeiro”. Também já sei que muitos abriram com a esperança (que eu também tenho) de se tornarem, pelo menos, 5% mais próximos de todo o potencial que querem atingir. Este artigo é para os esperançosos e para os que já estão fartos de tretas. Acho que compilei bons conselhos que realmente farão a diferença, provados cientificamente.
Chegou 2025 e, com ele, mais um janeiro. Janeiro é sinónimo de lufada de ar fresco e, ainda que possamos melhorar todos os dias e iniciar uma rotina mais saudável física, mental e espiritual numa quarta-feira aleatória qualquer, a motivação que nos traz a sensação de reprogramar é impagável, e consegue mover-nos, diria eu, pelo menos uns 5% na nossa jornada pelo self-improvement (não é dado científico nenhum, sou eu a tentar ser engraçada – talvez esta seja uma resolução de ano novo que, para já, falhou).
Todos sabemos que se começa pelo início e todos sabemos que, num ano, a nossa vida muda, e muito. Falando por mim e pelo resto, deixando apenas 5% fora desta conversa, chego sempre a dezembro a sentir-me nostálgica e reflexiva sobre aquelas fotos que foram tiradas lá para fevereiro/março, em que a pessoa pensa: “Mas o que é que eu fazia com aquela parva?”, ou “O que é que me deu para pintar o cabelo daquela cor?”. Sendo mais positiva e menos tóxica, porque não podemos começar o ano com negatividade, também pode ser: “Que saudades dos momentos na capital com eles!” ou “Uau, a diferença que o ginásio fez na minha aparência desde esta altura!”. Sejam pensamentos construtivos ou destrutivos, a verdade é que ambos se encontram no ponto em que refletimos que, no último trimestre do ano, a vida está diferente em muitos aspetos, desde o primeiro.
Assim sendo, devemos ter em conta estas diferenças e experiências que acontecem pelo ano fora, para nos motivar para começar, em janeiro, a cultivar os pensamentos e resultados que vamos colher em dezembro. Para isto, andei a pesquisar, a ler e a aprender, através de conteúdos de desenvolvimento pessoal, estratégias para que isto se torne possível.
A maior lição que tirei do livro “Hábitos Atómicos”, de James Clear é que o mais importante é começar. Passamos muito tempo com ideias guardadas na cabeça ou preocupados com a teoria por detrás de qualquer coisa que queiramos fazer, seja iniciar um novo hábito ou avançar com o nosso projeto. Passa-se se o tempo sem que iniciemos, verdadeiramente, nada. O segredo para que possamos melhorar 1% todos os dias é, precisamente, começar. As aprendizagens surgirão, essencialmente, com a prática, e o nosso desenvolvimento pessoal crescerá, também, a partir daí. Claro que, para certas coisas, a teoria é essencial, mas é igualmente essencial não dar overthink nem planear demasiado tudo aquilo que queiramos fazer. Organizem a vossa vida e estabeleçam objetivos mas, acima de tudo, comecem e cumpram, mesmo que não comece por ser como idealizado. Nenhum grande criador ou empreendedor começou de forma perfeita, e a verdade é que nada na vida assim surgirá. As redes sociais alimentam a ideia de perfeição e de concorrência e, para evoluirmos o que temos para evoluir, é essencial desligarmo-nos dessa ideia.

“To live a creative life, we must lose our fear of being wrong.” – Joseph Chilton Pearce
Começar é, então, ponto de partida para qualquer que seja o objetivo, grande ou pequeno, que tenhamos em 2025. Comecemos, assim, por visualizar.
Visualizar, incorporar ou tornar o hábito evidente, como lhe preferirem chamar, é também um passo muito importante no cultivo da nossa melhor versão. Se ainda não alcançámos determinado hábito ou ainda não somos quem gostaríamos de ser, é normal que não nos lembremos de como é que temos de agir diariamente. Para que um hábito se instaure em nós, é necessário que nos recordemos dele todos os dias, e visualizar o nosso objetivo diariamente vai ajudar a mente, consciente e inconsciente, a lembrar-se daquilo que deve fazer para o alcançar. Esta visualização pode ser útil para nos lembrarmos de tomar umas vitaminas, tornando-as visíveis na cozinha, por exemplo, ou fazendo um visionboard com objetivos que queiramos alcançar até ao final do ano.
Assim como a visualização, e para que esta funcione, a organização dos nossos pensamentos e ações é, igualmente, relevante para estabelecer uma rotina mais eficiente. É humano ter a cabeça cheia de pensamentos, não fossem as pessoas ter cerca de 70.000 pensamentos por dia, e clarificar aquilo que é necessário é muito mais fácil com o auxílio da escrita, por exemplo, de uma lista de objetivos.

Espero que estas três bases para formar objetivos e alcançar os mesmos vos ajudem, pelo menos em 5%, na conquista daquilo que sabem que têm para vos dar a vós mesmos e, pronto, que daqui a 11 meses não olhem para as vossas fotos de fevereiro a pensar “Mas o que é que eu fazia com aquela parva?”
Este artigo é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados
Escrito por: Cristina Barradas
Editado por: Teresa Veiga


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