Mufasa: O órfão que se tornou rei

No passado dia 17 de dezembro, o Jornal desacordo esteve presente no visionamento de imprensa do filme Mufasa: O Rei Leão, que retrata a história do órfão que se tornou rei. Em memória de James Earl Jones, dobrador de Mufasa no clássico de 1994, este filme é uma autêntica montanha-russa de emoções, que nos prende do início ao fim.

Fonte: NOS CINEMAS

Dirigido por Barry Jenkins, diretor do aclamado filme Moonlight e produzido por Adele Romanski e Mark Ceryak, Mufasa: O Rei Leão conta com as vozes conhecidas de Aaron Pierre, Seth Rogen, Beyoncé, Blue Ivy Carter, entre outras.

O filme conta-nos a história de Mufasa, narrada por Rafiki a Kiara, filha de Simba e Nala, através de flashbacks. No entanto, não se trata apenas de uma história: mais do que isso, este filme é uma viagem, que nos convida a sentir diversas emoções. 

Desde cedo, Mufasa ouvia os seus pais falar de Milele, em português, “para sempre”. Mesmo depois de os perder devido a uma enxurrada que o levou para longe de tudo e todos, Mufasa insiste em concretizar o sonho da sua família e começa assim a sua jornada pela procura da terra mítica idealizada. Embora seja uma tarefa difícil, Mufasa não a faz sozinho: juntam-se a ele Taka/Scar (o seu irmão), Sarabi, Zazu e Rafiki, quatro caras já conhecidas do primeiro filme O Rei Leão e amigos que o futuro rei faz ao longo do seu caminho e que acabam por o acompanhar nesta emocionante aventura.

Através desta prequela, podemos perceber melhor a dinâmica da relação entre Mufasa e Taka na disputa pelo trono, desvendando, inclusive, a origem da alcunha “Scar”. Ao longo do filme, assistimos a diversas cenas emocionantes e muito realistas: entre lutas, incertezas e traições, o futuro rei prova-nos que tem as qualidades necessárias para assumir o trono, mostrando ser valente e resiliente, um autêntico estratega e um líder por natureza. 

Os flashbacks de Rafiki vão sendo interrompidos pelas cómicas intervenções de Timon e Pumba, a dupla icónica que assume, desta vez, o papel de ouvinte. Embora não apareçam tantas vezes como no clássico de 1994 O Rei Leão, ajudam a contrabalançar a seriedade e a tristeza da história narrada com o seu humor.

A trilha sonora não fica aquém dos filmes já conhecidos do público, com novas músicas de Lin Manuel-Miranda trazendo sons inéditos e originais com um toque de nostalgia, tornando a história ainda mais comovente, das quais se destacam “I Always Wanted A Brother” (“Ter Um Irmão É O Que Eu Queria”), “We Go Together” (“Vamos Juntos”) e “Tell Me It’s You” (Diz-Me Que És Tu”).


Os detalhes da realização são, sem dúvida, aquilo que nos cativa ao longo de todo o filme. Os efeitos visuais são significativamente melhores nesta prequela do que no primeiro live-action, com os animais a demonstrar mais e melhores expressões faciais e com uma notória atenção ao detalhe. A maneira como as personagens expressam as suas emoções é de tal forma realista que nos aproxima das mesmas, contribuindo para que criemos empatia para com elas, soframos as suas dores e celebremos as suas conquistas. Se és uma pessoa emotiva, certamente sairás da sala de cinema com aquela lágrima no canto do olho. 

E tu, estás pronto para embarcar nesta aventura? Não há desculpas, aproveita estas férias de Natal e vai ver um dos melhores filmes de animação de 2024.

Este artigo é da pura responsabilidade das autoras, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: Francisca Salgueiro e Margarida Oliveira

Editado por: Catarina Soares

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