No passado dia 3 de outubro, o Jornal desacordo foi ao Casino Estoril assistir a uma peça que, como o nome indica, é “uma espécie de musical”. Um trio de comediantes com o seu humor atual e provocador encantou a sua plateia, desde miúdos a graúdos.

O cenário acolhedor, e patrocinado, deu à peça um caráter mais realista e próximo às vivências dos portugueses, ajudando a complementar a excelente performance assistida naquela noite.
Ao longo do teatro, fomos contando com a presença de 4 personagens, 3 principais e uma figurante. Entre as principais temos Quique, interpretado por Rui Santos, que traz à peça um lado emocional e de descoberta do seu ser mais “profundo” que entra em conflito com a personalidade do seu irmão, Guilherme, na pele de Ricardo Castro, que os leva a uma descoberta sobre os segredos mais obscuros da sua sexualidade. De forma a criar um equilíbrio entre as personagens, e trazer o público para “dentro da peça”, surge a mais irreverente personagem deste espetáculo, o Coach Sousa que, encarnado por Dagu, quebra a quarta parede numa interação especial com o auditório.

Foi a utilizar os seus dotes musicais, que estes artistas transformaram as músicas mais tipicamente portuguesas em paródias com temáticas atuais e de cariz sexual notório. Esta nuance leva-nos à premissa de toda a peça, “Pénis” neste espetáculo é muito mais do que um órgão, é a representação dos pensamentos e pudores mais íntimos do homem. Algo que nenhuma mulher perceberá a menos que veja esta “peça”.
Podíamos enumerar as diversas razões pelas quais deviam assistir a esta obra de arte, mas este artigo serve apenas como preliminar para o clímax que vão ter quando vir(em) a peça.

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade dos autores, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.
Escrito por: Adriana Alvim e Marco Morgado
Editado por: Catarina Soares

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