Da terra se nasce,
No quente bafo do Alentejo,
Na calmaria de quem boceja
Sem conhecer nada para além daquelas planícies.
É neste ritmo lento, guiado pelo sol,
Que encontro pedaços de felicidade do dia em que nasci.
É naquela janela virada a sul,
Pela qual o vento seco do interior de Portugal entra,
Que me encontro, sozinho,
Cheirando a poeira da casa onde cresci.
As folhas do chaparro, sob o qual me deito,
Caem sobre mim, à sombra desta árvore,
No Alentejo, meu mundo perfeito.
Escrito por: Pedro Cruz
Editado por: Matilde Bruno


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