
Onde moro, num café,
há uma senhora na casa dos doze...
É brincadeira, estou a mentir,
nem o sorriso é de tal idade.
Ela barafusta, não manifesta. Mandriona todos os dias! As amigas observam, e sentem-se ofendidas.
“Mas alguém lhe perguntou o que é que faz ao seu marido?”
Ameaças em tom de você, num tom estranhamente querido.
É estranha a contradição,
é estranha a vida humana.
Mas, num palheiro, um furacão,
onde habita quem lá emana.
“Dona Augusta, deixe-me que lhe diga…”
E inicia-se uma relação.
Uma conversa, proferida,
que provém da boa intenção.
Escrito por: João Rui
Editado por: Marta Ricardo


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