Dona Augusta

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Um poema dedicado à Dona Augusta.
Fotografia tirada em Benfica, no café Jeronymo (Fonte: João Rui).
Onde moro, num café,
há uma senhora na casa dos doze...
É brincadeira, estou a mentir,
nem o sorriso é de tal idade.
Ela barafusta, não manifesta.
Mandriona todos os dias!
As amigas observam, 
e sentem-se ofendidas. 
“Mas alguém lhe perguntou o que é que faz ao seu marido?”
Ameaças em tom de você, num tom estranhamente querido.
É estranha a contradição, 
é estranha a vida humana. 
Mas, num palheiro, um furacão, 
onde habita quem lá emana.
“Dona Augusta, deixe-me que lhe diga…”
E inicia-se uma relação. 
Uma conversa, proferida, 
que provém da boa intenção. 

Escrito por: João Rui

Editado por: Marta Ricardo

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