A primeira jornalista com carteira profissional em Portugal, Manuela de Azevedo, morreu, esta sexta-feira, dia 10 de fevereiro, aos 105 anos. O óbito foi declarado pelas 12h00, no Hospital de S. José, em Lisboa, onde estava internada desde terça-feira, disse, em comunicado, o Sindicato de Jornalistas.
Depois da morte de Clare Hollingworth, em janeiro, Manuela de Azevedo era a repórter mais antiga do mundo , e encontrava-se a escrever um livro com cerca de 200 cartas.
Condecorada com a Ordem da Instrução Pública, aquando do seu 105º aniversário, por anteriormente ter já recebido outras condecorações pelo Mérito, Liberdade e Luta pela Liberdade, em 1995 e 2014, a jornalista foi também romancista, ensaísta, poeta e contista. A par, chegou também a escrever peças de teatro, sendo, uma delas, censurada pelo regime Salazarista.
O Presidente da República já reagiu à morte da escritora numa mensagem de condolências enviada à família e aos jornalistas portugueses. Marcelo Rebelo de Sousa afirma que Manuela de Azevedo fez história ao cumprir nas “letras o seu destino e no jornalismo a sua missão”, “quando a sua era uma profissão de homens”.
Escrito por: Vanessa Santos
Editado por: Rita Rogado


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